quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quem não tem o que dizer critica os outros...

Estava eu apreciando o som do Teatro Mágico, fuçando na internet, lendo textos dos blogs alheios e resolvi entrar no site do PT para ver o que tem já que este é ano de eleição, vi que das 5 chamadas de capa, a primeira e com maior destaque fala algo sobre os rivais, as outras 4 mostram notícias internas do Partido, com o chapéu "Institucional" em cima.

Fui fuçar no oponente azulzinho e não é que o site é super arrojado, com notícias que ficam mudando, um esqueminha com o flash, coisa chique de classe média alta, enfim, encontrei 4 notícias (críticas ou colunas, qualquer coisa do gênero opinativo, talvez até sátira!) dos adversários. Aí eu quase pensei que estava no site errado (às vezes me confundo nas abas), mas não, era azul e não vermelho. Ué...

Então parei para ler as chamadas, porque eu só via PT, PT, PT... no site dos outros!?! O assunto não importa muito, pois amanhã irá mudar...

Eu não sou muito de " a primeira impressão é a que fica", mas muito brasileiro é. Imagine se eu fosse alguém que gostaria de entender as idéias dos dois partidos para começar a pensar em quem votar no final do ano? Desistiria agora, afinal o passarinho só sabe falar mal dos outros. Lembra uma vizinha minha que fica na janela o dia todo cuidando da nossa vida, antes eu encanava, hoje já entendi que ela é só uma velha sem vida e que a vida dela é isso, saber da vida dos outros e comentar, dar palpite, dizer que poderia fazer bem melhor, mas que nunca fez nada, hoje é só uma velha arrependida pelo que fez e o que não fez.

"A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário."
A metamorfose - Fernando Anitelli
O Teatro Mágico

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A ocasião faz o artesão

Diferentemente do ditado 'a ocasião faz o ladrão' é possível ver o contrário desta ação. Ao invés de se tornar ladrão para garantir sua existência, muitos dos artesões encontrados por toda a história mundial utilizaram-se da arte para sobreviver.

No Brasil, o artesanato se tornou um produto ou de elite ou souvenir de viagens, meras lembrancinhas. Mas é possível apreciar belas obras e perceber que a criatividade não tem limites.

Em Florianópolis - SC é possível encontrar esculturas de conchas, vestidos de renda tecidos à mão como se fazia na época da colonização portuguesa no Brasil.

Em Buenos Aires - Argentina, há quadros belíssimos com paisagens e movimentos do tango que só um bom pintor que convive com essa arte poderia captar e reproduzir, ao seu ver claro. No Uruguay na cidade de Punta del Este - bijouterias feitas com pedras e conchas, são mais belas que muitas peças de joalherias com as "agás externes" da vida, se é que me entendem.

A produção de artesanato é bastante presente nas cidades turísticas, muitas que antes eram castigadas pela falta de incentivo e desenvolvimento, após serem descobertas como um novo paraíso, se tornam o novo point dos turistas de plantão e empresários que resolvem construir seus mega-resorts. Neste momento os aprendizados passados de pai para filho, ou de vô, tio, voltam a ser uma forma de vida, muitos dos artesões se tornaram um 'profissional da arte', pois é através disso que conseguem garantir sua subsistência, diferentemente do ladrão, que apesar de ser uma pessoa marginalizada pelos preconceitos da sociedade, escolhe o caminho mais fácil para sua "subsestência" (e olhe lá, pois muitos deles roubam muito mais do que precisariam).

O importante é valorizar o esforço e a criatividade daqueles que sobrevivem com muito menos do que os turistas sócios da cvc. Arte é para ser apreciada, seja onde ela estiver.